Muito médium tem dúvidas sobre as incorporações, confundindo-se
nas mensagens, achando que não é o espÃrito falando, mas sim sua própria
cabeça. Espero com esta nota diminua dúvidas aos médiuns e trazer-lhes a
certeza que quando for animismo os dirigentes da casa sabem como corrigi-lo.
Vejam como funciona: existe uma fusão do espÃrito do médium com o espÃrito
comunicante, criando-se uma terceira energia. Gosto de dar exemplos. O café e o
leite, separados, são puros. Misturados criam uma terceira bebida, podendo ser
mais preto ou mais branco, conforme a quantidade das bebidas. Mas sempre a
união de ambos terá uma terceira qualidade.
É impossÃvel a comunicação pura do
espÃrito. O importante é a presença do espÃrito, com maior ou menor
intensidade.
Quando o médium está preparado para seguir o procedimento normal
do aprendizado, ele não deve segurar as incorporações, e jamais esquecer o
momento certo da incorporação. Se está se chamando um espÃrito pelo ponto
individual ele não deve dar passagem, exceto se for ponto de linha, o momento
for oportuno e permitido pelo desenrolar da gira. O médium deve facilitar a
incorporação. Na Umbanda as entidades têm incorporações tÃpicas da linha. O
Ãndio é ereto, forte e incorpora com um vibração firme, algumas vezes se
ajoelhando e batendo no peito. O preto-velho já é mais macio na incorporação,
se curva e faz o tipo de cansado e a criança o tipo infantil. Quando o ponto
estiver induzindo o tipo da entidade, o médium já deve estar psicologicamente
preparado para receber e se comportar conforme o tipo da entidade. É um erro
lutar contra o espÃrito, ou seja, receber um Ãndio como se fosse um
preto-velho. De propósito até agora não falei do exu e da pomba-gira, para dar
um destaque de grande importância: Exu não é aleijado e Pomba-gira não é prostituta.
Ambos são entidades maravilhosas e não precisam fazer o tipo distorcido do
folclore da Umbanda. Na continuidade, quando estivermos falando de cada linha,
darei melhores explicações.