Venha a mim, e ao vosso reino nada.

Dinheiro e sagrado se misturam?
Por: Alexandre Falasco
 

















Claro que toda comunidade, seja religiosa, filantrópica, não governamental, esportivas voltadas a carentes, de defesa das minorias, e etc, etc, etc... todas precisam se manter, precisam sim da colaboração destas mesmas comunidades as quais servem.

Contudo essa necessidade deveria se limitar a subsistência da organização e nunca para gerar lucro para uma minoria de lideranças, nunca para sustentar um ou outro “chefe” da comunidade.
 
É por isso, que apesar de muitas religiões terem seus sacerdotes como “profissionais” de suas igrejas, sendo assim remunerado para a função, eu creio mais na filosofia de terreiro de Umbanda, onde, na maioria dos casos, o sacerdote não vive da Umbanda e sim “para” a Umbanda, tendo seu sustento proveniente de um trabalho profissional à parte.
 
Profissão: “X”
Missão: “sacerdote de Umbanda”
Simples assim.
 
Daí virão as opiniões, com base no fato de que o sacerdote (ou líder) de uma religião/comunidade deve ter seu tempo totalmente voltado ao seu sacerdócio e por isso deve ser remunerado por tal “ofício”, visando sua tranquilidade material para poder focar unicamente sua função religiosa.
 
Não.
 
Não concordo, é exatamente por causa deste pensamento que as pessoas ainda entendem ao contrário o conceito de “dar de graça o que de graça receberam”
 
Graça é uma dádiva, segundo o dicionário: “O que é dado ou presenteado; dom, donativo”.
 
Se é de graça não deve ser cobrado ao ser utilizado ou transmitido, ponto final.
 
Fato é que muitos missionários, não tendo a capacidade de se sustentar pelos seus dotes profissionais, acabam encontrando nesse meio um meio de vida.
 
De fato, para aqueles que acham que seu líder religioso precisa estar sempre a sua disposição para os mais diferentes assuntos, mesmo os de cunho religioso/espiritual, o sustento do mesmo por essas pessoas seria até justo, mas cabe ao líder religioso deixar clara as limitações dessa relação.

Assim, ficaria transparente a ideia de que o sacerdote não pode viver de seus seguidores ao mesmo tempo em que seus seguidores não podem ser dependentes de seus líderes.
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