04/12 - Dia de Insã - A rainha dos raios

 

Ela é a ventania, a tempestade, a dinâmica, a mulher que é linda por natureza e por isso dispensa a vaidade, ou melhor, não precisa dela.
Guerreira, é o Orixá que batalha, foi assim ao lado de seus dois maridos, primeiro Ogum, depois Xangô, este último foi com quem reinou até a morte, e até a morte guerreou ao seu lado, nos momentos bons e nos ruins, basta ler seus itãs (histórias mitológicas) para verificar sua bravura e lealdade.
Iansã é Oyá, pois é Oyá o rio que leva seu nome, o Niger, sim, trata-se do mesmo Orixá, pois Oyá era chamada de Iansã por Xangô, um apelido, que significa “Mãe do céu rosado” ou “Mãe do entardecer”.
O número nove aparece em sua saudação “eparrei iya mẹsàn-ọrun” onde “iya” significa mãe, mesàn, nove e orun, ceu, salve a mãe dos nove céus.
 
Na Umbanda, seu domínio é sobre os mortos, reino que divide com Obaluaê, e se manifesta na linha d´água em nosso barracão, manifestação frenética, a exemplo de seu toque (ritmo) dos atabaques, o barra-vento, ou quebra pratos.
Iansã é sincretizada com Santa Bárbara e é interessante a relação de ambas com o raio, pois conta a história que a santa católica teria sido condenada à morte pelo seu próprio pai, no momento em que ele levantou a espada, ela suplicou aos céus, depois de sua morte, imediatamente um raio veio e o matou, o mesmo aconteceu com outros soldados presentes.

Dia da semana: Quarta-feira.
Saudação: Eparrei Oiá! Eparrei Iya Mẹsàn-ọrun
Sincretismo: Santa Bárbara, comemorado dia 4 de dezembro.
Cores: Amarelo-ouro (Umbanda) vermelho (Candomblé).
Símbolos: Chifres de búfalo e um alfaje.
Onde recebe oferenda: Cachoeira.
Principais Oferendas: Crisântemos amarelos, rosas amarelas.
Bebidas: Champanhe.
Elementos: Fogo.
Algumas ervas: Aguapé (gigoga vermelha), espada de Iansã, carqueja, folhas de bambu.
Animais: Búfalo.
Comida: Acarajé.
Domínio: Ventos e raios.
Particularidade: Enfrenta os Eguns, e é guerreira.
Característica: Sensual, geniosa, alegre.

Oração

“Iansã, mãe e senhora dos ventos e tempestades, das horas aflitas e das almas perdidas.

Dona de todas as direções.

Operosa divindade em prol dos desígnios dos filhos de caídos sem norte e vontade.

Piedade para nós, criaturas que vivemos, à beira das tentações, dos abismos, alheios ao amor do pai Olorum.

Mãe, empresta-nos tua decisão e tua coragem, para o encontro do nosso próprio ser.

Daí-nos um roteiro de esperança e triunfo.

Erradicai a pobreza dos nossos sentimentos, orienta-nos para a verdade, dentro do caminho de devoção ao supremo doador.

Encoraja-nos senhora dos raios, para que nossa própria mente, siga uma só direção: amar a Olorum.

Êparrei, Iansã!”

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