Na umbanda os meios de trabalho são exercidos por meio de linhas que vibram
em determinados pontos da natureza e que utilizam espíritos que vibram na mesma
natureza.
Uma linha equivale a um grande exército de Espíritos que rendem obediência
a um chefe. A esse chefe cabe sempre uma grande missão no espaço, ele é
conhecido pelo nome de ORIXÁ. Cada linha compõe-se de sete Legiões, e cada
Legião tem o seu Chefe. Cada Legião divide-se em sete grandes Falanges, que,
por sua vez, também tem um chefe, e cada Falange grande divide-se em sete
falanges menores, e assim por diante. Essas divisões não obedecem a um critério
arbitrário, como poderia parecer a alguns, muito pelo contrário, essas divisões
tem uma razão de ser.
Fazem parte de uma mesma Falange os Espíritos que têm afinidades entre si.
1ª) Linha de Oxalá ou Linha de Santo – Sincretizado por Jesus Cristo (Santa
Catarina, Santo Antônio, Cosme e Damião, Santa Rita, Santo Expedito, São
Fransisco de Assis e São Benedito). Esta linha é constituída de Espíritos de
pessoas que na Terra tiveram grande sentimento religioso. A missão das suas
Falanges é catequizar os maus Espíritos da Linha de Quimbanda e arrastá-los à
prática do bem. Esta linha é responsável por desmanchar os trabalhos de magia.
2ª) Linha de Ogum – Sincretizado por São Jorge (Praias - Ogum Beira-Mar,
Matas - Ogum Rompe-Mata, Rios - Ogum Iara, Das almas - Ogum Megê, Encruzilhadas
- Ogum Naruê, Malei - Ogum Malei, Povo de Canga - Ogum Nagô). Esta Linha é das
grandes demandas, são os defensores de todos os Umbandistas, quando estes estão
no caminho certo e da caridade. Esta linha protege os filhos contra as brigas,
lutas.
3ª) Linha de Oxossi – Sincretizado por São Sebastião (Urubatão, Araribóia,
Caboclo das Sete Encruzilhadas, Peles Vermelhas - Águia Branca, Tamoios -
Grajaúna, Cabocla Jurema, Guaranis - Araúna). São caboclos índios. Também temos
a linha de boiadeiros, possuidores dos mesmos arquétipos dos caboclos,
identificam-se com as vibrações das matas. Suas Falanges praticam a caridade,
doutrinam os irmãos sofredores, fazem curas e aplicam a medicina herbanária.
4ª) Povo Africano - Pretos Velhos - Sincretizado por São Cipriano (Povo da
Costa - Pai Cabina, Povo de Congo - Rei Congo, Povo de Angola - Pai José, Povo
de Benguela - Pai Benguela, Povo de Moçambique - Pai Jerônimo, Povo de Luanda -
Pai Francisco, Povo de Guiné - Zum-Guiné).
5ª) Povo do Oriente – Sincretizado por São João Batista (Hindús - Zartur,
Médicos e Cientistas - José de Arimatéia, Árabes e Marroquinos - Gimbaraí,
Japoneses, Chineses, Mongóis e Esquimós - Ori do Oriente, Egípcios, Astecas e
Incas - Inhoariairi, Índios Caraíbas - Itaraici, Gauleses, Romanos e Povos
Europeus - Marcos I) – Qualquer povo que não esteja fundamentado na umbanda
pode se apresentar aqui, exemplo espíritos que viverão em Cuba, EUA etc,
geralmente se apresentam como ciganos. Subdividida pelas falanges do Hindus,
dos médicos, dos árabes, chineses, orientais, romanos e outra raças européias.
6ª) Linha de Iemanjá – Sincretizada por Virgem Maria (Ondinas - Naná,
Caboclas do Mar - Indaía, Caboclas do Rio - Iara, Marinheiros - Tarimã,
Calungas - Calunguinhas, Sereias - Oxum, Estrela Guia - Maria Madalena). Esta é
uma das linhas mais poderosas da umbanda, que é chefiada pela mesma. Representa
as entidades que se manifestam na linha das águas. Representa as sereias (não
possuem forma de sereias e apenas uma simbologia para representar a linha
vibratória das entidades) e marinheiros. Trabalha com a força de Yemanjá (água
salgada). Possuem um lindo trabalho de limpeza e purificação.
7ª) Linha de Xangô Caô – Oriente (Iansã, Caboclo do Sol e da Lua, Caboclo
da Pedra Branca, Caboclo do Vento, Caboclo das Cachoeiras, Caboclo Treme-Terra,
Pretos Guinguelê). As falanges dessas Legiões estão incumbidas de ensinar aos
habitantes da Terra coisas para eles desconhecidas. São grandes Mestres do
Ocultismo. Linha de Xangô Agodô – Sincretizado por São Jerônimo. São entidades
(caboclos) que vibram na linha da pedreira. Possuem muita força vibratória já
que estão na mesma vibração de Xangô (fogo) - Possuem estrutura pesada como uma
rocha. Suas falanges são o povo da Justiça, ampara os humildes e os humilhados.
Assim são formadas as 7 (sete) linhas de trabalho da umbanda, que todo
médium possui, não podendo esquecer de citar a linha da ESQUERDA ou da
ENCRUZILHADA, detentores lavras ou restos de poeira astral (tudo que resta em
um determinado trabalho), no qual os Exús são encarregados de transportarem
para outra dimensão.
Linha de Exus – Podemos encontrá-los na encruzilhada ou linha da
esquerda, são espíritos não-evoluídos, mas com papel importante na umbanda,
pois, por estarem mais próximos da matéria, servem como soldados (guardiões) de
seus médiuns, tendo como função defender e desmanchar o mal e promover o
equilíbrio da natureza (negativo/positivo).
Sete encruzilhadas é uma designação que se refere a sete caminhos que se
cruzam na vida de um ser humano. É o nome de um Caboclo, uma entidade
espiritual da Umbanda de origem indígena, também é nome de um Exu correspondem
o Exu das Sete Encruzilhadas, normalmente eles trabalham juntos, médium que
recebe o Caboclo também recebe o Exu das Sete Encruziulhadas. O nome vem do
fato do sete ser um número cabalístico e também por serem sete as linhas de
trabalho da Umbanda. Sete encruzilhadas significaria ao pé da letra os sete
caminhos que se cruzariam em sua vida, são as escolhas que de tempos em tempos
somos chamados a fazer.