No dia 15 de
Novembro comemoramos o Dia Nacional da Umbanda,
uma religião totalmente brasileira que teve sua origem fundada em
características e qualidades de outras religiões.
E é por isso que a Umbanda é uma
expressão de harmonia, pois une todas as pessoas em uma só energia, com a
intenção de propagar sempre a paz espiritual e o amor ao próximo.
O nome Umbanda em sua composição, vem do termo “curandeiro”. Os cultos
são realizados em terreiros, centros ou até mesmo em templos, onde todos os
praticantes tem a oportunidade de se desenvolver espiritualmente.
A história conta que no
dia 15 de novembro de 1908 um espírito teria se manifestado
pela primeira vez em um médium de apenas 17 anos de idade. Seu nome era Zélio
Fernandino de Moraes, e nessa mensagem ele teria sido instruído a criar um
culto religioso que ficou conhecido como Umbanda.
Zélio sofria de uma paralisia
que nenhum médico da época conseguia explicar. Um amigo da família o indicou
para frequentar a Federação Espírita do Rio de Janeiro e foi nesse local que o
jovem foi manifestou uma entidade que se intitulou como o “Caboclo das Sete Encruzilhadas” momento em que ele
anunciou a fundação da nova religião no país.
A principal diferença do
arquétipo da Umbanda para a tradição espírita é que nela os
espíritos que até então eram considerados “menos evoluídos” pelos kardecistas
teriam um espaço garantido para ajudar as pessoas na evolução espiritual.
Índios (os chamados na religião por caboclos), espíritos de escravos africanos
e mesmo de crianças também tinham muito a ensinar.
Durante muito tempo a Umbanda foi
discriminada e sofria com repressões policiais e com o preconceito da sociedade
brasileira. Mas, com o tempo essas ações foram diminuindo, até sua consagração
em 2012 com a Lei 12.644.
A laicidade do Brasil também
apontou para o respeito à pluralidade religiosa. O movimento modernista que
iniciou com a Semana de Arte Moderna de 1922 também voltou os olhos
brasileiros à valorização da cultura brasileira, que tinha muitas de suas
raízes voltadas para a cultura africana e também indígena.
Como crítica ao parnasianismo
– ou à poesia formal e normativa – o movimento literário, artístico e cultural
também foi uma das molas propulsoras ao respeito ao pluralismo e à diversidade
religiosa.
Na visão desta religião,
o universo tem inúmeros guias e entidades espirituais que fazem a mediação
entre o mundo dos homens e de Deus. A pessoa iniciada, ou o médium, é a
responsável por essa linha entre os dois mundos.
Desde o seu nascimento, com
base em diferentes crenças religiosas, até os dias atuais, a Umbanda cresceu
como uma religião estruturada, que adquiriu e adquire diversos adeptos ao longo
dos anos. Por isso, perceber a importância de sua fundamentação na construção
dos processos socioculturais brasileiros é essencial.
Decreto de Lei 12.644
No dia 16 de maio de 2012 a
então Presidente Dilma Rousseff oficializou o dia 15 de novembro como o dia
da Umbanda no país através da Lei de número 12.644. A data já
era comemorada como sendo o dia da religião há muitos anos e a escolha do dia
foi uma decisão das Entidades Federativas do Rio de Janeiro,
quando ocorreu a primeira Convenção Anual do Conselho Nacional da Umbanda.
Diferença entre Umbanda e
Candomblé
As principais diferenças
decorrentes da Umbanda e do Candomblé:
·
a Umbanda faz
cultos para Orixás e falanges e o Candomblé geralmente aos Orixás (algumas
nações cultuam também outros espíritos);
·
a origem entre as
duas religiões (o Candomblé é de origem africana, – embora tenha mudado muito
no Brasil devido a escravidão – já a Umbanda é brasileira);
·
na vertente do
Candomblé existe o sacrifício de animais, na Umbanda não;
·
as cantigas são
diferentes nos cultos, geralmente na Umbanda as músicas são em
português;
·
diferença na forma
como os Orixás são apresentados nos rituais.
Linhas de Trabalho
Confira como elas se dividem:
·
os Caboclos;
·
os Pretos Velhos;
·
os Boiadeiros;
·
as Crianças;
·
os Exus;
·
os Ciganos;
·
Malandros;
·
Marinheiros;
·
Exu-Mirim.
No dia 15 de Novembro além
de comemorarmos o dia de uma religião de luz, também nos permitimos despertar
uma consciência maior sobre a energia do mundo e a nossa paz espiritual. A
Umbanda prega através do autoconhecimento a verdadeira cura do ser humano,
aquela que acontece de dentro para fora.