Vamos começar do início e o início é Olorum.
Olorum, Zambi ou Deus. São apenas palavras. Palavras que
tentam nominar o Inominável, o Incriado, o Criador de tudo e de todos.
Os irmãos de menos conhecimento acreditam que adoramos deuses,
mas não entendem que adoramos apenas a Olorum. Que amamos a Olorum por ter
criado tudo e a todos com as mesmas oportunidades.
Olorum não é orixá. Olorum é Olorum, sem designação ou templo
dedicado a ele, sem festejos ou dia em sua homenagem, porque todo dia é de
Olorum, toda festa é de Olorum, toda oração e reza é de Olorum, todo espírito a
Olorum pertence.
Deixamos bem claro que não importa como se queira chama-lo,
Deus (português), Dio (italiano), Dios (espanhol), Dieu (francês),
God (inglês), Olorum (yorubá), Zambi (angola), todas as
formas são apenas expressões idiomáticas, palavras que variam de acordo com o
país e a língua originária. Se partirmos dos hebreus, há milhares de anos antes do nascimento de Jesus de Nazaré, vamos
encontrar a palavra Elohim que significa Deus em hebraico e tanto em
hebraico como em latim (deus e divus) ou grego (διϝος =divino ) não eram grafados com a primeira
letra em maiúsculo . Os hebreus ainda o chamam pelo nome de Jeová (IHWH).
Não importa. Importa que indiferente da maneira como O
respeitosamente chamamos (e eu gosto muito de chama-lo de Olorum) é necessário
que se entenda que no terreiro do Pai Benedito de Aruanda, sobre meus
auspícios, nós trabalhamos e caminhamos para O adorar.
E o que significa adorar a Olorum?
Significa ama-lo com todo o coração, com toda a nossa alma,
com todo o nosso entendimento e com toda a nossa força (Mc 12,30), significa
reconhece-lo como sendo o único, (Mc12,29) ( Ef 4,6 1) ( Cor 8,6), significa
não colocar nenhum outro ser em “pé” de igualdade com o Pai, entender que
Ele está acima de todos e de tudo (Ef 4,6), até mesmo do próprio Jesus.
Saravá meu pai
Olorum
KOSI OBA KAN AFI
OLORUN (Não há outro senhor senão Deus)
Pai Wilsinho de Xangô