REZAR…
Quantos de nós aprendemos ainda pequeninos, sob voz mansa de nossos pais
e avós, as palavras sagradas pertencentes de uma oração? Quantos de nós
já ouvimos como orientação espiritual de Guias e autoridades
espirituais a necessidade da prece? Quantos rezamos? Quanto, nesse mundo
de meu Deus, falamos, conversamos e suplicamos com força e coragem em rezas, preces e orações???
Sim, o poder da oração é muito maior do que imaginamos.
Mesmo porque a verdadeira oração nos
desenvolve no espírito, nas forças espirituais. Ela, a reza, deve ser o
desejo sincero levando-nos a perceber mais claramente os nossos desejos,
mas principalmente, deve servir de escola para a alma.
Escola que conta com uma presença
diária; que ensina, instrui e educa sobre a VONTADE de Deus. Escola da
vida, da arte, da criatividade e criação; da sensibilidade, da
maleabilidade e do sensível. Escola do trabalho, cumplicidade, da
reverência, acatamento, obediência e confiança.
Oração do coração, oração contemplativa,
meditação, aproximação, canto, arte, olhar e aceitação. Deus conhece as
nossas necessidades mesmo antes de Lhe pedirmos, assim a VERDADE deve-O
tocar, deve nos aproximar na certeza que tudo depende Dele –
aproximação que deve incluir confissão, adoração, comunhão, gratidão,
súplica pessoal e intercessão pelo próximo.
Aliás, Abdu’l-Bahá fala de uma linguagem do céu, do espírito. Ele, único intérprete dos ensinamentos da Fé Bahá’í, afirma que: “há
uma linguagem do espírito e do coração que é tão diferente da nossa
como a nossa é com a dos animais. Essa linguagem do espírito é a que
fala com Deus e quando, na hora da prece nos libertamos de todas as
coisas externas e nos voltamos para Deus, então é como se no coração
ouvíssemos a voz de Deus. Sem palavras falamos, nos comunicamos,
conversamos com Deus e ouvimos Sua resposta… Todos nós quando atingimos
uma verdadeira condição espiritual, podemos ouvir a Voz de Deus”.
Voz de Deus que está no trabalho diário, nos desafios rotineiros, na dor, na lágrima, na solidão, na satisfação, na canção… eeê eê ei… ohooo ei..ohhh.. ooêi… e na nossa verdadeira condição espiritual em tudo que fazemos e com todos que convivemos.
Rezemos… Rezemos como se tudo dependesse de Deus.
Trabalhemos… Trabalhemos como se tudo dependesse de nós.
Caminhemos, nos confortemos e sejamos UM, na verdade, no esperançar e no falar.
Sim, acendamos nossas velas e percebamos
definitivamente que quando trabalhamos, apenas trabalhamos; quando
rezamos é Deus que trabalha, MAS quando trabalhamos e rezamos, quando
caminhamos, vivemos e convivemos rezando, Deus, o Universo, as Energias,
o Plano Espiritual e o Entorno que trabalham juntos. Juntos e no mesmo passo, compasso e som que nós em uma divina cumplicidade de encontros.
Mãe Mônica Caraccio