Os umbandistas acabam levando a fama de “sujar” as cidades muito em função
do abuso que uma boa parte dos praticantes cometem ao fazer suas oferendas,
seja nas praias, seja nas áreas urbanas (encruzilhadas).
Abaixo, destacamos um texto produzido por um de nossos amigos leitores, o
Alem da Visão, que em poucas palavras traduz de forma simples algumas normas de
conduta que vale a pena seguir. Abaixo, reproduzimos este texto:
Queridos
irmãos,
Vamos
tomar consciência quanto à relação entregas, despachos ou oferendas no meio
ambiente com o momento de valorização ecológica que vivemos em nosso planeta.
Nossa
religião tem uma estreita ligação com a natureza onde por meio dos sagrados
Orixás a cultuamos, respeitamos e amamos como forças exteriorizadas por Deus
para nos servir e dela cuidarmos. Então, temos que ter a consciência de quando
somos intuídos ou mesmo a pedido de nossos Guias espirituais, vamos a um ponto
da natureza ou até mesmo em uma via pública para realizar um ato religioso
através de uma oferenda, entrega ou despacho, que não dá mais pra ficar andando
por aí e topando com trabalhos deste porte nas esquinas, em cachoeiras ou
outros lugares, muitas vezes revirados, ou fedendo com carne já em estado de
putrefação; precisamos acabar com esta prática que só nos causa mais
desrespeito e discriminação com nossa religião.
Calma
irmãos! Não estou aqui para dizer que devemos acabar com estas práticas,
mas sim colocar na cabeça de nosso povo que um trabalho deste porte tem seus
elementos energéticos retirados no momento em que executamos a oferenda. Assim
que preparamos tudo e que mentalmente pedimos o direcionamento do trabalho, a
força energética é levantada e tudo aquilo que as entidades precisam para o
direcionamento da energia daquele trabalho é retirado e executado. E, se assim
acontece, porque temos que deixar todos os elementos largados para que outras
pessoas, ao passar por ali, por falta de conhecimento, nos julguem por aquilo
que nem conhecem?
Podemos
muito bem aguardar um determinado tempo e retirarmos os elementos e já
encaminhá-los ao lixo e, de preferência, separando os produtos que podem ser
reciclados.
Mas
que tempo é esse? 15 ou 20 minutos são necessários para execução do trabalho.
Alguns elementos podem ser liberados na própria natureza como bebidas ou até
alimentos que não venham a deixar mau cheiro; basta retirarmos os potes,
frascos e garrafas nos quais possam estar contidos os elementos.
Lembrando que as
entidades não comem as comidas que oferecemos e sim se beneficiam das energias
dos elementos que oferecemos. Por isso,
não precisamos deixar os elementos largados ou “sujar” a natureza como diriam
os menos esclarecidos, evitando também que os nossos irmãos que trabalham nas
limpezas de nossas ruas não se machuquem com cacos de vidros ou coisas
cortantes que podem vir a quebrar.
Claro
que existem outros tipos de trabalhos que requerem mais tempo, mas a estes
devem ser direcionados pelos Guias e de preferência em lugares onde não
atrapalhem outras pessoas, pois o seus direitos religiosos terminam onde
começam os de outras pessoas.
Vamos
pensar nisso?
Rogerio
Malena (Médium trabalhador da C.E. Caboclo Urubatan)