O mundo ocidental, essencialmente capitalista, molda a mentalidade do
homem moderno e sua forma de ver o mundo, no qual tudo está aà para ser
consumido. E muitos chegam ou procuram a Umbanda com esta mesma mentalidade.
“Tipo assim”... sabe...:
Nº 1: Limpeza espiritual e corta demanda.
Nº 2 Orientação e Prosperidade.
Nº 3 Abre Caminho e Sorte no Amor.
Se puder falar o quanto custa, melhor! Sem comprometimento, sem envolvimento,
sem doutrina ou reflexão.
Muitos chegam assim na Umbanda, e outros, “umbandistas”, saem da Umbanda
quando crêem que está “demorando muito” para receber Nº 1, o Nº 2 ou o Nº 3.
Alguns, quando percebem que a Umbanda não os servirá em seus propósitos
de desavença, vingança, amarrações e outros “trabalhinhos”, facilmente encontrados
nos classificados “marronzinhos” ou nos postes, que prometem sorte, dinheiro,
amor e poder em 24 hs.
O curioso é que, muitas vezes, nem as pessoas que oferecem tais coisas as
possuem. Como oferecer algo que não se tem, como dar o que não pode ser
possuÃdo, comprar o que afinal? Dinheiro só compra dinheiro na bolsa de
valores, dinheiro só compra amor na obra de Nelson Rodrigues, dinheiro só
compra espiritualidade superficial para agradar o ego... o ego espiritual.
No caso da Umbanda podemos e devemos dizer o que ela tem para dar:
HUMILDADE, AMOR e CARIDADE. Como caminho para PAZ, HARMONIA e EQUILIBRIO,
conquistados na busca em dar um sentido para a vida que é em si a leitura da
mesma de uma perspectiva espiritual, mágica e divina. Para tal é preciso
disciplina, doutrina e muita vontade de aprender, morrer e nascer outra vez,
muitas vezes.
Por Alexandre Cumino